sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mancha de óleo em Madre de Deus começa a ser removida nesta sexta



Arestides Baptista Agência A Tarde Arestides Baptista Agência A TardePescadores reclamam da queda de 90% no volume de pescado por causa dos acidentes na regiãoArestides Baptista Agência A Tarde Técnicos tentam minimizar o estrago em Madre de DeusArestides Baptista Agência A Tarde Mancha de óleo provoca desequilíbrio ambiental Arestides Baptista Agência A Tarde Técnicos da Transpetro começaram a remover na manhã desta sexta-feira, 28, os dez mil litros de óleo que vazaram na Bahia de Todos-os-Santos, nas proximidades de Madre de Deus. Segundo o Secretário do Meio Ambiente do município, a mancha de óleo chegou ao manguezal da Ilha de Maria da Guarda.


De acordo com José Antônio Santos, presidente da Associação dos Pescadores e Marisqueiros da região, há poças com cerca de 200 litros espalhadas pela área onde as marisqueiras costumam trabalhar. Desde abril deste ano, quando um outro vazamento de óleo aconteceu também nas proximidades de Madre de Deus, os trabalhos de pesca e mariscagem já foram reduzidos em 90% do volume normal e, de acordo com Antônio dos Santos, desde o primeiro acidente, a Petrobras só distribuiu uma cesta básica para os pescadores locais.


Este é o terceiro acidente ambiental na região somente este ano. Há uma semana, milhares de peixes de diversas espécies apareceram mortos nas águas do rio São Paulo, a cerca de oito quilômetros do local do vazamento desta quinta-feira. No dia 15 de abril (clique aqui para acessar a matéria), mais de 2,3 mil litros de óleo da Petrobras foram derramados no mar da região de Coqueiro Grande.


Uma visão do desastreTags desastre ambiental, óleo, pescadores, poluição industrial, porto das caixas
Porto das Caixas é um distrito de Guapimirim que ficou famoso porque o corpo de Cristo da igreja verteu sangue. Agora, bem perto da igreja, foram vagões da Ferrovia Centro Atlântico que derramaram 90 mil litros de óleo, num desastre ambiental de grandes proporções, pois atingiu os manguezais da Área de Proteção Ambiental.

Numa visita ao lugar onde o trem virou mostra que os dormentes da linha férrea estavam velhos. Alguns estavam em frangalhos mas deve ser dar um desconto pelo desgaste no próprio desastre.

Essa ferrovia que passa por uma área sensível transportando óleo merece uma inspeção, antes que outros desastres aconteçam. Logo em seguida ao lugar do desastre, que era uma reta na beira de um riacho que deságua no rio Aldeia que por sua vez vai ao Caceribu, o segundo maior rio na baía de Guanabara.

Em seguida ao lugar do desastre, visitamos as famílias que moravam à beira da estrada. Vinte e nove pessoas foram alojadas no Hotel das Pedras, em Itaboraí. Estavam ainda perplexas com o desastre, sem saber se serão reparadas logo.

Cestas básicas estavam sendo distribuídas para os pescadores e coletores de caranguejo.

Na minha interpretação, tanto a FCA como os donos da carga, Texaco e Ipiranga deveriam ser responsabilizados. A multa estadual foi de R$10 milhões. Mas ainda é cedo para determinar os estragos no ecossistema e os gastos com mitigação dos danos.

A idéia é convocar uma audiência pública para discutir o tema, sobretudo determinando um plano de segurança para a ferrovia.

Alguns peixes mortos já foram retirados do rio e foram levados para análise. O óleo que caiu no rio é um óleo fino, mas caiu num momento de chuvas, cheias e maré alta, o que aumentou o desastre.

Depois de privatizada, a FAC enfrenta seu terceiro desastre. Um deles foi em Uberaba e teve grandes repercussões. A empresa tem um setor de meio ambiente e um contrato com três firmas especializadas em desastres com óleo. Algum progresso foi feito no tratamento do desastre. Mas em prevenção ainda estamos longe do ideal.

É triste correr de desastre em desastre. O Caceribu que nasce em rio Bonito corre 60 quilômetros até a Baia de Guanabara. E que é livre de poluição industrial, embora seja bombardeado, como em quase todo o Brasil, pelo esgoto doméstico. A única fábrica situada à sua margem produz antibióticos, o que também merece um exame mais cuidadoso.

Esses rios não tem significado apenas para o ecossistema da região. São vitais no abastecimento de água, daí a necessidade de uma visão nova sobre sua segurança. Pelo menos para isso o desastre vai servir: abrir uma discussão sobre a segurança hídrica do Rio de Janeiro, um dado estratégico para o futuro da metrópole.
Especialistas debatem pagamento para produção de água, em seminário internacional


Danielle Jordan / AmbienteBrasilCerca de 300 especialistas brasileiros e estrangeiros se reúnem em Brasília, nesta quarta e quinta-feira (26 e 27), para debater o pagamento para produção de água.Participam da abertura, a partir das 10 horas, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc e o diretor-presidente da ANA, José Machado. Segundo a programação do evento, no final da manhã o economista ambiental sênior do Banco Mundial, Gunars Platais, profere palestra sobre como a estratégia de oferecer pagamento para estimular a preservação dos recursos naturais tem sido adotada em vários países.Serão discutidas ações sobre o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e do Programa Produtor de Água, desenvolvido pela agência Nacional de Águas (ANA). O programa tem como função a redução do assoreamento e erosão de mananciais, melhorando a qualidade da água. Será oferecido apoio para execução de projetos de conservação da água e do solo. Quem contribuir com a proteção e recuperação de mananciais poderá receber incentivos financeiros.Ainda durante o encontro será lançada a página eletrônica do programa.*Com informações da ANA

Um comentário:

  1. otima reportagem demonstra mesmo a realidade onde politicos tentam escoder da sociedade disiformada

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