terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Crise ambiental no Brasil

Desmatamento da Amazônia é 'dragão adormecido', diz pesquisador

Reaquecimento da economia deve aumentar pressão sobre a floresta, diz.
Daniel Nepstad apresentou na COP 15 plano para erradicar a devastação.

Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em Copenhague

O desmatamento da Amazônia, que este ano teve uma baixa histórica, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), deve crescer novamente quando os preços das commodities voltarem a subir, afirma Daniel Nepstad, pesquisador do Woods Hole Research Center, nos EUA. “É um dragão adormecido”, diz.

Nepstad vê como inevitável que a pressão sobre floresta ressurja quando a economia global retomar o crescimento. “Então, o desmatamento pode voltar a explodir”. Ele cita como exemplo projeções de que a demanda por ração animal – que provém, em parte, da soja – na China deve crescer mais de 100% nos próximos dez anos e que o Brasil deve ser um dos maiores fornecedores de matéria-prima para esse alimento.

O cientista americano é um dos autores da pesquisa publicada nesta sexta-feira (4) na revista "Science", que conclui que o Brasil necessita entre US$ 6,5 bilhões e US$ 18 bilhões para eliminar definitivamente o desmatamento da região amazônica até 2020.Com isso, o estudo defende defende uma meta ainda além dos 80% de redução da devastação que o governo do Brasil vai apresentar na COP 15.

De acordo com a pesquisa, se o país pusesse fim ao desmatamento, as emissões globais de dióxido de carbono cairiam entre 2% e 5% em relação aos níveis atuais.

“Começamos a perceber que se a Amazônia era parte do problema das emissões de carbono, também poderia ser parte da solução”, explica Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), outro autor do trabalho e que, junto com Nepstad, apresentou suas conclusões na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, nesta segunda-feira (7).

Eles defendem que o Brasil deve aproveitar o momento de redução do desmatamento para acabar de vez com o problema. O dinheiro para tomar as medidas necessárias sairia de mecanismos internacionais de financiamento, um dos pontos centrais das discussões durante a conferência climática.

Sobe para 161 o número de municípios em emergência no RS

Mais de 14 mil pessoas permanecem fora de casa após as chuvas.
Foram distribuídos donativos aos moradores atingidos.




O Rio Grande do Sul já registra 161 municípios em situação de emergência por causa das chuvas, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil nesta segunda-feira (7). Os temporais provocaram oito mortes no estado.


Mais de 14 mil pessoas permanecem fora de casa após as chuvas. Segundo a Defesa Civil, o Rio Grande do Sul tem 4.691 desabrigados e outros 9.771 desalojados. No total, cerca de 15 mil imóveis foram danificados ou destruídos.


Equipes da Defesa Civil distribuíram cestas básicas, kits de limpeza, lonas, colchão, cobertor e telhas, entre outros materiais, às vítimas da chuva.

domingo, 22 de novembro de 2009

Remanso e a Transposição do Rio São Francisco - 06/11/2008 10h42

Itacarambi

O Rio São Francisco, conhecido também pelo apelido carinhoso de Velho Chico, está para Itacarambi como o Nilo esteve para o Egito. A cidade nasceu, cresceu e se desenvolveu a partir dele. O benefício é recíproco, uma vez que Itacarambi é reconhecida como uma das raríssimas cidades ribeirinhas que não polui o Velho Chico.

Durante grande parte do Século XX, quando eram precárias as opções de transporte terrestre intermunicipal e o transporte fluvial era forte na região, o Rio São Francisco favoreceu a chegada de novos habitantes para o lugar, o comércio de mercadorias e, subseqüente, o desenvolver

Rio São Francisco - Velho Chico - Itacarambi
do município, uma vez que o porto de Itacarambi ficava em meio à rota realizada pelos grandes vapores ou gaiolas que navegavam pelo Rio São Francisco entre Pirapora/MG e Juazeiro/BA. Com isso, as comunidades foram se formando próximo às barrancas, usufruindo melhor das vantagens oferecidas pelo Velho Chico.

O Velho Chico também foi e continua sendo crucial para a Agricultura e, subseqüente, para a Economia de Itacarambi, uma vez que a água dos sistemas de irrigação da região dele se tira.


O Velho Chico como atração turística

Tudo indica que nos tempos vindouros, quando o Turismo deverá ser efetivamente explorado na região, o Rio São Francisco também se destacará como um dos principais produtos turísticos de Itacarambi. Do Velho Chico vem algumas das mais belas paisagens de Itacarambi, as quais podem ser conferidas aqui mesmo no ITACARAMBI.COM, na sessão de fotos do Rio São Francisco.
Nas proximidades do cais de Itacarambi, o Velho Chico apresenta uma ampla largura, que o difere um pouco de algumas outras cidades da região.

Rio São Francisco em Itacarambi MG

Rio São Francisco em Itacarambi MG

O Velho Chico conjugado com o sossego de Itacarambi torna o lugar ideal para curtir férias, principalmente para quem é adepto da tranqüilidade ou está precisando relaxar, se revigorar, recuperar as energias, esquecer da vida por algum tempinho e se recuperar do estresse característico dos grandes centros urbanos - seja através de passeios de barco, lancha, balsa ou canoa - seja através de pesca, banhos no rio, praia fluvial, práticas esportivas ou simplesmente olhar o rio através do cais. Dá uma sensação de paz muito grande, principalmente para quem está acostumado com o ritmo alucinante da cidade grande.

Itacarambi é o município-sede do Circuito Turístico do Velho Chico


Detalhes do cais do porto

Rio São Francisco - Cais de Itacarambi

Parte das construções do cais de Itacarambi - considerado um dos lugares mais agradáveis da cidade - sofreu um desmoronamento em uma enchente recente, mas espera-se que seja restaurado em breve. Compunha-se de uma série de bancos voltados para o Rio São Francisco, de onde se podia apreciar a paisagem formada pelo Velho Chico; uma quadra esportiva ao ar livre onde também eram realizados alguns eventos da cidade que reuniam o grande público, tais como shows musicais, festas e comemorações; escadaria em forma de arquibancadas, de onde o público assistia aos eventos na quadra; 3 grandes carrancas, ícone-mor da cultura do Rio São Francisco; bares à beira rio, entre outras coisas coisas.

Rio São Francisco - Cais de Itacarambi

Rio São Francisco em Itacarambi MG


Praia fluvial no Velho Chico itacarambiense

A praia de água doce é outra grande atração do Rio São Francisco em Itacarambi, porém só ficam disponíveis em períodos que o nível do rio fica bem baixo, geralmente nos meses de Julho, Agosto e Setembro, podendo se estender até Outubro e Novembro, de acordo com as chuvas e o nível da água.

Rio São Francisco em Itacarambi MG

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ReciclAção apresenta tecnologias ambientais

Objetivo do evento é promover uma consciência ambiental oferecendo às empresas e indústrias tecnologias e sistemas de gestão ambiental

Reconhecida nacionalmente como a capital ecológica do país, Curitiba sedia de 8 a 11 de julho de 2009, a quarta edição da feira ReciclAção – Feira Brasileira de Reciclagem, Preservação e Tecnologia Ambiental. Na oportunidade serão apresentadas tecnologias e sistemas de gestão ambiental, voltadas às empresas preocupadas com o desenvolvimento sustentável tanto dentro das organizações, quanto do sistema ambiental.

Os visitantes vão encontrar no evento uma grande variedade em maquinários, equipamentos, tecnologias e serviços utilizados para fins de reciclagem, preservação, saneamento ambiental, além de produção de energias alternativas. Também serão apresentados produtos feitos com matéria prima reciclada, empresas criadoras ou fornecedoras de tecnologias limpas para os mais variados segmentos industriais, além de organizações certificadoras em normas ambientais, materiais que auxiliam na redução e produção de resíduos tóxicos dentro das empresas e instituições financeiras com linhas de crédito para reciclagem, saneamento ambiental e bioenergias.

A reciclagem aliada à tecnologia e preservação é hoje em todo o mundo um negócio altamente lucrativo de grande interesse econômico e impacto social, voltadas às empresas preocupadas com o desenvolvimento sustentável. “O sucesso da feira, assim como o retorno proporcionado para os 83 expositores da edição anterior sinaliza que a ‘ação’ ainda é o melhor caminho para geração de negócios e multiplicação da consciência ambiental voltada para o crescimento socioeconômico responsável e eficiente”, destaca Valdir Bello, organizador da ReciclAção.

Além de estimular a geração de negócios em torno das alternativas em reciclagem tecnologia e gestão ambiental, a ReciclAção 2009 pretende mais uma vez dar visibilidade às soluções sustentáveis, apresentar experiências bem sucedidas neste segmento. Outro objetivo do evento é proporcionar um intercâmbio do setor empresarial com a comunidade científica, aproximando os setores público e privado, com foco na reutilização de resíduos, uso de energias renováveis através da apresentação de equipamentos, produtos e programas de gestão que contribuam para redução de impactos causados ao meio ambiente.

Paralelamente à feira ReciclAção 2009 serão realizadas palestras e cursos, visando promover e multiplicar uma consciência ambiental. Nos quatro dias de programação vai acontecer o II Seminário de Saneamento Ambiental; Introdução ao Mercado de Reciclagem; PET – Os Caminhos da Reciclagem; Simpósio de Gestão Ambiental e Mudanças Climáticas; e o Simpósio Nacional de Reciclagem Agrícola: Resíduos Origem Rurais, Urbanos e Industriais. “Com estes eventos esperamos apontar as perspectivas no campo da educação, para conscientizar os empresários a adotar padrões de desenvolvimento ético, que não contribuam para a degradação ambiental”, diz Valdir Bello.

Empresa com sede em Ipiranga, São Paulo, a Ambisol Soluções Ambientais participa da ReciclAção 2009 como patrocinador, trazendo para o público serviços como o monitoramento da qualidade do ambiente, limpeza de tanques, tubulações e torres de resfriamento, entre outras tecnologias. Outra empresa patrocinadora da feira é a Indústria de Bombas Beto, de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, que trará equipamentos e tecnologias para tratamento de efluentes.

Entre os expositores, presença confirmada da Ambiservice Tecnologia Ambiental, empresa de Araucária que, além de prestar consultoria ambiental, vai apresentar na ReciclAção 2009 soluções adequadas de tratamento e valorização dos resíduos industriais. Da cidade catarinense de Campinzal, está confirmada a presença da Gratt Indústria e Comércio, com decanters, centrífugas, flotadores e secadores para indústrias e empresas que fazem separação de resíduos.

A ReciclAção 2009 é uma realização da Monte Bello Eventos e conta com o patrocínio da Ambisol Soluções Ambientais e da Indústria e Comércio de Bombas Beto. São apoiadores deste evento a 3R Ambiental, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – Curitiba (AEAPR-Curitiba), Bio-Acess Tecnologia em Biometria, Bolsa de Reciclagem – Sistema Fiep, Universidade Positivo, Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Mais informações sobre programação, reserva de estandes, inscrições para os eventos paralelos no site www.montebelloeventos.com.br, pelo email montebello@montebelloeventos.com.br ou pelos telefones (41) 3203-1189 e 3022-0383.

Setor Reciclagem
fonte: Novo Conceito - Assessoria em Comunicação
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Experiências bem sucedidas no mundo em desenvolvimento

Com iniciativa do governo local e apoio técnico e financeiro de entidades internacionais, comunidade pobre na costa caribenha do Panamá solucionou o fornecimento de água potável para toda a população.
Santa Isabel é uma comunidade pobre na costa caribenha do Panamá, na província de Colón. A população da região – basicamente indígenas, antilhanos e migrantes do interior do país -, recebia água de aquedutos construídos pelo Governo e administrados por cada um dos oito condados separadamente, com diferentes níveis de sucesso. Após tantos anos de uso, este sistema de abastecimento sofreu um colapso devido à alta demanda, o prolongamento dos períodos de seca e a exaustão de várias fontes de água.

Na época, não havia nenhum método que monitorasse a qualidade da água ou regulasse a preservação das condições das bacias que abasteciam os aquedutos. O desmatamento, a erosão, o uso excessivo de pesticidas, a construção irregular de casas próximas à represas eram alguns dos motivos para a impureza da água. O problema de contaminação colocou a saúde da população em risco, que ainda acreditava consumir água potável.

A administração do fornecimento de água era vertical, ou seja, imposto por uma instância superior sem considerar a opinião dos habitantes locais. O desenvolvimento sustentável real, no entanto, tem sido bem sucedido onde conta com a participação, em todo o processo, da comunidade envolvida.

Um movimento foi iniciado em 2003 por iniciativa do Conselho Municipal, visando à descoberta de soluções praticáveis e sustentáveis para o fornecimento de água potável para os residentes. O Water Centre for the Humid Tropics of Latin America and the Caribbean (CATHALAC) e a ONG Fundação Natura propuseram então um modelo participativo, que possibilitou ao governo local encontrar soluções apropriadas para o problema, envolvendo desde o treinamento dos próprios moradores, a regulamentação que garantisse a proteção das fontes naturais e, a médio prazo, o desenvolvimento de uma nova cultura com relação à água entre a população local e as autoridades.

Com o apoio técnico do Cathalac o projeto tomou forma e cresceu, e no momento da implementação o Inter-American Development Bank entrou com os fundos necessários, com o apoio de outras instituições. A grande força participativa foi das mulheres, responsáveis pela provisão de água, já que os homens da comunidade trabalhavam como agricultores ou pescadores, geralmente fora da cidade.

O projeto teve início com um levantamento das condições socioeconômicas da população, as condições de abastecimento de água, as condições ambientais de cada região, os hábitos de utilização da água e os recursos materiais e econômicos com que o Conselho Municipal poderia contribuir para o programa. O “diagnóstico explicativo”, como foi chamado nas pesquisas de informações, apontou a contaminação da água nos tanques e nos encanamentos da maioria das comunidades. Com o resultado das pesquisas, todas as regiões aderiram e apoiaram imediatamente as recomendações feitas na etapa de conscientização do projeto.

A distância dos grandes centros foi um dos obstáculos encontrados para a solidificação das metas, pois encareceu o projeto. Outro aspecto foi a atividade de escavação presente em diversas locações. Com isso, as substâncias químicas infiltravam no solo e contaminavam os reservatórios hídricos. Como a população usava práticas mais tradicionais, houve dificuldades na divulgação de novos métodos de prevenção.

As principais tarefas incluíam delimitar as áreas geográficas das fontes e prevenir a eliminação de resíduos dentro delas. Além disso, era necessário proteger a água das fezes de animais domésticos e selvagens e protegê-las da contaminação por resíduos de terra originados do extrativismo. Algumas fontes foram realocadas mais acima no rio, com a ajuda da população, assim como alguns reservatórios, o que derivou imediatamente numa melhoria da qualidade da água.

Latifundiários passaram a colaborar com o reflorestamento de regiões, famílias se uniram para construir banheiros públicos, tanques sépticos e um sistema sanitário destinado a grupos isolados. As comunidades foram treinadas para mudar seus hábitos tradicionais e assim reduzir a quantidade de água contaminada.

Com essa mudança de hábitos, a incidência de doenças gastrintestinais entre crianças e adultos diminuiu muito. Ao final do projeto, que foi concluído em 2004, atingiu-se a meta estabelecida: as famílias eram capazes de financiar seus próprios reservatórios hídricos pelo equivalente a US$ 1 ao mês. Essa meta incluía a proteção e a conservação de zonas de proteção da água. Hoje em dia, um litro desta custa US$ 0,25.

Para garantir a continuidade do projeto e fortalecer as medidas adotadas, um plano de manejo foi elaborado para a proteção, conservação e uso sustentável dos recursos hídricos do Distrito de Santa Isabel, transformando a responsabilidade sobre estes recursos numa ação conjunta do governo local e da comunidade.

Sendo uma região com inúmeras belezas naturais, com a implementação do projeto de motivação popular a qualidade de vida da população de Santa Isabel melhorou e pesquisas apontaram o forte potencial turístico da área. Desenhou-se então um fortalecimento para iniciativas empreendedoras dos moradores, como a abertura de pequenos negócios relacionados ao turismo. O novo plano turístico também resgatou a memória cultural e histórica dos condados, além de restaurar prédios antigos.

Estima-se que, no mundo, existem aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas sem acesso a água limpa e 2,6 bilhões sem acesso a sistema de esgoto. O problema, contudo, não está relacionado à escassez física da água, mas sim à pobreza. “A maioria dos países dispõe de água suficiente para satisfazer as necessidades domésticas, industriais, agrícolas e ambientais. O problema está na gestão”, afirma o Relatório de Desenvolvimento Humano ( RDH ) 2006, divulgado em 9/11 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Devido sobretudo à falta de água potável e saneamento, 1,8 milhão de crianças menores de cinco anos morrem com diarréia por ano, o equivalente a uma criança a cada 19 segundos. É a segunda principal causa de mortalidade infantil, e o relatório, enfatiza que água limpa e saneamento estão entre os mais eficientes métodos preventivos para reduzir este índice.

Dentre os oito objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela ONU, está a redução pela metade, até 2015, da proporção de pessoas que não desfrutam desses recursos. Contudo, as projeções do RDH 2006 apontam que, no ritmo atual, o compromisso será atingido somente em 2016 no caso da água e em 2022 para o saneamento.

No Brasil, aproximadamente 90% da população tem acesso à água potável, número semelhante ao de países com alto Índice de Desenvolvimento Humano, como Coréia do Sul (92%) e Cuba (91%). A taxa de atendimento da coleta de esgoto no país é de 75%, inferior à do Paraguai (80%) e à do México (79%). Os não atendidos são os mais pobres.

O relatório recomenda que os governos estabeleçam um mínimo de 1% do PIB para investir em água e saneamento, seguindo um plano nacional com estratégias bem definidas, para acelerar o progresso nessa área; e que também trabalhem para reverter a desigualdade social. Sugere, ainda, a criação de um Plano de Ação Global, liderado pelos países do G8, que concentre os esforços para a mobilização dos recursos e coloque a água e o saneamento no centro da agenda de desenvolvimento, partindo da premissa que a água é um direito humano básico. “Todos deveriam dispor de pelo menos 20 litros de água por dia, e as pessoas pobres deveriam obtê-la gratuitamente”, recomenda o PNUD.

As características de Santa Isabel são semelhantes às de inúmeras outras comunidades no mundo em desenvolvimento, e a experiência bem sucedida lá pode ser adaptada e replicada em outras situações similares. A interação entre comunidades, governos locais e fundações internacionais já provou ser solução para diversos problemas do mundo em desenvolvimento.

domingo, 25 de outubro de 2009

Stock Car fazendo sua parte com a sustentabilidade

Principal categoria do automobilismo nacional, a Stock Car segue na sua busca por inovações. Depois da inúmeras novidades dos últimos anos, agora chegou a vez de tornar a competição ainda mais adequada à realidade mundial, cada vez mais preocupada com a saúde do planeta. Para isso, o próximo passo segue rumo à qualidade de vida, com a realização da primeira prova com foco neste tema. A Corrida Verde será no dia 25 de outubro, no Autódromo Internacional de Curitiba, iniciando o processo para um automobilismo sustentável.

Dentro da programação da etapa estão previstas a neutralização de carbono e a reciclagem de resíduos produzidos pelo evento. Para isso, contará com a parceira da Max Ambiental, que cuidará da neutralização com o plantio de árvores, e os Recicleiros, que ficarão responsáveis pelo encaminhamento resíduos sólidos.

Para se ter uma idéia da importância destas ações, a emissão calculada para a Stock Car, incluindo consumo de energia, de diesel para produção, da gasolina para as provas, transporte aéreo e resíduos orgânicos, é de 112,03 tCO2 (toneladas de carbono equivalente). Para neutralizar isso, serão plantadas 560 árvores como recuperação de matas ciliares do Rio Barigui, no Parque Tingui, na capital paranaense.

A primeira ação oficial da Corrida Verde será a Stock Car 10K, corrida pedestre que visa promover a etapa da Stock Car e dar início ao processo de conscientização ambiental da sociedade.Atletas experientes e amadores, pilotos da Copa Nextel Stock Car e personalidades serão convidados a participar do evento.

O percurso de 10 k percorrerá algumas das principais ruas e avenidas da capital paranaense, com largada e chegada em frente à PUC Curitiba. O trajeto não terá grandes dificuldades, possibilitando a participação de todos os tipos de atletas. Mais informações podem ser obtidas no site oficial, www.stockcar.com.br

O piloto e seus patrocinadores, Alpina-Mio-Tekbond, sempre se preocuparam com as causas ecológicas e abraçaram o projeto da Vicar de organizar a primeira maratona com enfoque ambiental da Stock Car

O paranaense Thiago Marques (Alpina-Mio-Tekbond) vai deixar capacete, macacão e luvas de lado neste domingo (11) para acelerar nas ruas de Curitiba na maratona Stock Car 10k, a primeira prova verde da categoria, com enfoque na sustentabilidade.

"Eu sempre me preocupei com causas ambientais e essa corrida me chamou a atenção por ser voltada para o lado sustentável. É um grande projeto da Vicar e os organizadores estão de parabéns por se preocuparem com a saúde do planeta.”

O piloto também fez questão de lembrar que não é um ambientalista solitário na luta para melhorar o meio ambiente. Segundo Thiago Marques, seus patrocinadores, Alpina, Mio e Tekbond, também têm projetos voltados para a preservação da natureza.

A Alpina, por exemplo, tem toda sua estrutura montada com base na preocupação com a sustentabilidade. "Nós temos programas de reciclagem de lixo na empresa, fazemos com nossos funcionários uma campanha para coleta de óleo de cozinha, mantemos um jornal chamado "Você em ação”, com dicas e boas idéias ecológicas, temos a campanha para economia de energia elétrica, entre outras ações”, afirmou Marcela Calor, gerente de Marketing da Alpina.

A Tekbond também tem projetos focados em sustentabilidade. "É preciso crescer, mas de uma forma sustentável, por isso nos preocupamos com projetos ambientais.



sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mudanças Climaticas

O termo Mudança do Clima, Alterações climáticas ou Mudanças Climáticas refere-se à variação do clima em escala global ou dos climas regionais da Terra ao longo do tempo. Estas variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos climáticos em relação às médias históricas. Tais variações podem alterar as características climáticas de uma maneira a alterar sua classificação didática. Os tipos de classificação para as regiões climáticas são: Classificação do clima de Köppen, Classificação do clima de Thornthwaite e Classificação do clima de Martonne.
Zonas climáticas da Terra.


Podem estar em causa mudanças no estado médio da atmosfera em escalas de tempo que vão de décadas até milhões de anos. Estas alterações podem ser causadas por processos internos ao sistema Terra-atmosfera, por forças externas (como, por exemplo, variações na atividade solar) ou, mais recentemente, pelo resultado da atividade humana.

Portanto, entende-se que a mudança climática pode ser tanto um efeito de processos naturais ou decorrentes da ação humana e por isso deve-se ter em mente que tipo de mudança climática se está referindo.



Mudanças climáticas podem acordar vulcões


Vista do Monte Redoubt, no Alaska Foto: National Geographic
Vista do Monte Redoubt, no Alaska
24 de setembro de 2009

Os geólogos estão desesperadamente tentando recolher dados que permitam compreender de que maneira o aquecimento global pode influenciar as atividades geológicas violentas. À medida que o nível cada vez mais elevado de dióxido de carbono causa aquecimento do planeta, os problemas associados ao derretimento das camadas de gelo não se limitarão a elevar o nível do mar, mas também poderão remover as camadas de bloqueio de vulcões. Mas determinar exatamente quando esses instáveis monstros de magma sofrerão erupções, em um mundo mais quente, é algo difícil de prever.

"O fato é que estamos causando hoje as mudanças do clima do futuro. Os riscos geológicos são mais uma área de atividade sobre a qual ainda não refletimos", diz Bill McGuire, da Centro de Pesquisa de Riscos Aon Benfield UCL, do University College de Londres. Ele organizou um encontro de vulcanologistas e oceanógrafos em sua universidade, nos dias 15 a 17 de setembro, para atrair atenção ao problema.

Em gelo fino
Uma prioridade é desenvolver modelos mundiais de como as mudanças no clima podem causar mudanças na atividade geológica, e sobre o modo pelo qual esses processos podem retroalimentar o sistema. No momento, não existem modelos desse tipo, de acordo com David Pyle, especialista em vulcões da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e um dos palestrantes no encontro organizado por McGuire.

O problema é complexo, exacerbado pela dificuldade de separar situações causadas pelo clima dos efeitos de uma erupção vulcânica - os aerossois emitidos por uma erupção terão consequências para a química da atmosfera, e isso por sua vez afeta o clima. "As complexas consequências das atividades vulcânicas para a biosfera atmosférica continuam a ser compreendidas de maneira imprecisa", afirma Pyle.

Mas existem certamente alguns indícios de que menos gelo significa mais erupções dramáticas. "À medida que o gelo espesso se torna mais fino, pode surgir uma alta na explosividade das erupções", afirma Hugh Tuffen, da Universidade de Lancaster, Inglaterra.

Tuffen já fez viagens de pesquisa a diversos países, entre os quais Islândia e Chile, para estudar vulcões. Os efeitos das mudanças climáticas ao longo dos próximos 100 anos serão diferentes para diferentes vulcões, ele afirma, e muito mais dados serão necessários se desejamos compreender quais podem ser esses efeitos. Mas recolher esses dados não é uma tarefa trivial. Vulcões são lugares isolados e perigosos para viagens de pesquisa.

Deficiências nos dados
Por exemplo, na Islândia, ao final do ultimo período de deglaciação, cerca de 11 mil anos atrás, houve um grande surto de atividade vulcânica que, hoje, é vista como relacionada à presença de águas geradas pelo derretimento da camada de gelo e que vieram a inundar a área.

Nos vulcões islandeses, o gelo serve como uma tampa protetora que, quando removida, faz com que o magma que existe abaixo da superfície se descomprima muito mais rápido do que já estaria ocorrendo devido ao movimento geológico normal. O estado firme que em geral existe se perde, e isso torna as erupções mais rápidas e mais explosivas. Não existe muita demora entre a mudança no clima e as erupções vulcânicas, nesses casos, diz Tuffen.

Mas os vulcões dos Andes são diferentes. Contam com câmaras de magma abaixo deles. Quando o gelo derrete, a camada protetora igualmente se perde. Isso também pareceu causar elevação na atividade vulcânica, em episódios passados, mas porque as câmaras de magma ficam a até cinco quilômetros de profundidade, é incerto com que velocidade o vulcanismo se intensificou depois do degelo, diz Sebastian Watt, colega de Pyle em Oxford.

Watt recolheu dados sobre mais de 32 centros vulcânicos no Chile para tentar determinar uma tendência mais geral para a aceleração da atividade vulcânica. Ele usou datação por radiocarbono para determinar a idade de diversas amostras de rocha, e com base nisso mapeou onde e quando os vulcões da cordilheira sul-americana entraram em erupção nos últimos 18 mil anos. Infelizmente, uma frente fria geológica destruiu boa parte dessas provas. "A datação é um problema; há uma falta de dados de radiocarbono", diz Watt.

Ameaça incerta
Tuffen alerta que pode haver vidas em risco. No Chile, em Nevados de Chillán, uma área que parece particularmente suscetível a mudanças climáticas, os geólogos locais se irritaram, ele diz quando uma estação de esqui foi construída perto de um vulcão.

Tony Song, do Laboratório de Propulsão a Jato, uma divisão da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), em Pasadena, Califórnia, modelou um cenário hipotético no qual o derretimento poderia deflagrar um grande deslizamento de terra subterrâneo, causando um enorme tsunami glacial.

"Porque o gelo se derrete mais rápido que o imaginado, seria preciso considerar mais esse tipo de situação", afirma Song. "Não sabemos ainda, de fato, qual será a ameaça nos próximos 100 anos", diz Tuffen. "Não acredito que devamos criar pânico injustificado, mas decerto devemos pensar em como atenuar riscos".

McGuire concorda. "O Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) não considerou essa espécie de risco", ele diz. "Você tem uma chance melhor de enfrentar qualquer forma de risco caso saiba o que está acontecendo", acrescenta. "A mudança climática não envolve apenas a atmosfera e a hidrosfera, mas também a geosfera.


Uma opção que blogger da para você ficar por dentro do assunto é só da uma lida ou ver o filme UMA VERDADE INCOVININTE DE AL GORE



Uma verdade inconveniente
Al Gore
Editora Manole
Alto impacto
Uma verdade inconveniente
Baseado no documentário homônimo, neste livro Al Gore mostra como podemos evitar o aquecimento global mudando algumas atitudes
Este não é um livro confortável de se folhear. "Uma Verdade Inconveniente" é um alerta sobre o aquecimento global e como esse fenômeno causado por nossas ações pode, numa escala curta de tempo, fazer ruir o planeta Terra.

O político Al Gore, que foi vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Bill Clinton e perdeu as eleições presidenciais para George W. Bush em 2000, montou o livro baseado em seu recente documentário, com frases curtas e farto de imagens. A combinação fez surgir uma publicação de alto impacto, com a intenção de alardear que o aquecimento global é o maior desafio que enfrentaremos neste século.

Tanto alarde tem um sentido: o de nos fazer entender que, para além das decisões políticas para deter o aquecimento global, cabe a cada um nós evitá-lo. Como? Para alívio geral, as dicas, sempre relacionadas ao consumo consciente, estão no fim do livro.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Quais são os tipos de energia limpa existentes?

São cinco os principais tipos de energia limpa – aquela que não libera (ou libera poucos) gases ou resíduos que contribuem para o aquecimento global, em sua produção ou consumo

*Débora Didonê, Leandro Sarmatz, Priscilla Santos e Yuri Vasconcelos

Saiba, a seguir, um pouco mais sobre essas fontes energéticas:

SOLAR
A energia luminosa do sol é transformada em eletricidade por um dispositivo eletrônico, a célula fotovoltaica. Já as placas solares usam o calor do sol para aquecer água. Maiores produtores: Japão e EUA.
PRÓS: fonte inesgotável de energia; equipamentos de baixa manutencão; abastece locais aonde a rede elétrica comum não chega.
CONTRAS: producão interrompida à noite e diminuída em dias de chuva, neve ou em locais com poucas horas de sol.

• EÓLICA
O vento gira as pás de um gigantesco catavento, que aciona um gerador, produzindo corrente elétrica. Maiores produtores: Alemanha, Espanha e EUA.
PRÓS: fonte inesgotavel de energia; abastece locais aonde a rede elétrica comum não chega.
CONTRAS: poluicão visual (um parque eólico pode ter centenas de cataventos) e, às vezes, sonora (alguns cataventos são muito barulhentos); morte de pássaros (que, muitas vezes, se chocam com as pás dos cataventos).

• DAS MARÉS
As águas do mar movimentam uma tur bina que aciona um gerador de eletricidade, num processo similar ao da energia eólica. Não existe tecnologia para exploracão comercial. Franca, Inglaterra e Japão são os pioneiros na producão.
PRÓS: fonte de energia abundante capaz de abastecer milhares de cidades costeiras.
CONTRAS: a diferenca de nível das mares ao longo do dia deve ser de ao menos 5 metros; producão irregular devido ao ciclo da maré, que dura 12h30.

• BIOGÁS
Transformacão de excrementos animais e lixo orgânico, como restos de alimentos, em uma mistura gasosa, que substitui o gás de cozinha, derivado do petróleo. A matéria-prima é fermentada por bactérias num biodigestor, liberando gás e adubo.
PRÓS: substitui diretamente o petróleo; dá um fim ecológico ao lixo orgânico; gera fertilizante; os produtores rurais podem produzir e até vender o gás, em vez de pagar por ele.
CONTRA: o gás é difícil de ser armazenado.

•BIOCOMBUSTÍVEIS
Geracão de etanol e biodiesel para veículos automotores a partir de produtos agrícolas (como semente de ma mona e cana-de-acúcar) e cascas, galhos e folhas de árvores,que sofrem processos físico-químicos. O Brasil está entre os maiores produtores mundiais.
PRÓS: substitui diretamente o petróleo; os vegetais usados na fabricacão absorvem CO2 em sua fase de crescimento.
CONTRA: producão da matéria-prima ocupa terras destinadas a plantio de alimentos.


Fontes: Mauro Passos, presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina, Leda Lorenzo Montero, ecologista, e Ricardo Dutra, engenheiro do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fontes Alternativas de Energia

No Brasil a maior quantidade de energia elétrica produzida provém de usinas hidrelétricas (cerca de 95%). Em regiões rurais e mais distantes das hidrelétricas centrais, têm-se utilizado energia produzida em usinas termoelétricas e em pequena escala, a energia elétrica gerada da energia eólica.

Neste artigo vamos dar uma visão geral das fontes alternativas de energia elétrica: hídrica, térmica, nuclear, geotérmica, eólica, marés e fotovoltaica.

Energia hídrica

Nas usinas hidrelétricas, a energia elétrica tem como fonte principal a energia proveniente da queda de água represada a uma certa altura. A energia potencial que a água tem na parte alta da represa é transformada em energia cinética, que faz com que as pás da turbina girem, acionando o eixo do gerador, produzindo energia elétrica.

Utiliza-se a energia hídrica no Brasil em grande escala, devido aos grandes mananciais de água existentes.

Atualmente estão sendo discutidas fontes alternativas para a produção de energia elétrica, pois a falta de chuvas está causando um grande déficit na oferta de energia elétrica.
A maior usina hidrelétrica do Brasil é a de Itaipu (Foz de Iguaçu) que tem capacidade de 12600 MW (fig.1).

Figura 1 - Usina hidrelétrica de Itaipu, na fronteira do Brasil com o Paraguai

Energia térmica

Nas usinas termoelétricas a energia elétrica é obtida pela queima de combustíveis, como carvão, óleo, derivados do petróleo e, atualmente, também a cana de açúcar (biomassa).

A produção de energia elétrica é realizada através da queima do combustível que aquece a água, transformando-a em vapor. Este vapor é conduzido a alta pressão por uma tubulação e faz girar as pás da turbina, cujo eixo está acoplado ao gerador. Em seguida o vapor é resfriado retornando ao estado líquido e a água é reaproveitada, para novamente ser vaporizada.

Vários cuidados precisam ser tomados tais como: os gases provenientes da queima do combustível devem ser filtrados, evitando a poluição da atmosfera local; a água aquecida precisa ser resfriada ao ser devolvida para os rios porque várias espécies aquáticas não resistem a altas temperaturas.

No Brasil este é o segundo tipo de fonte de energia elétrica que está sendo utilizado, e agora, com a crise que estamos vivendo, é a que mais tende a se expandir.

Energia nuclear

Este tipo de energia é obtido a partir da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido, liberando uma grande quantidade de energia.

Urânio enriquecido - o que é isto?

Sabemos que o átomo é constituído de um núcleo onde estão situados dois tipos de partículas: os prótons que possuem cargas positivas e os nêutrons que não possuem carga.

Em torno do núcleo, há uma região denominada eletrosfera, onde se encontram os elétrons que têm cargas negativas. Átomos do mesmo elemento químico, que possuem o mesmo número de prótons e diferentes número de nêutrons são chamados isótopos. O urânio possui dois isótopos: 235U e 238U. O 235U é o único capaz de sofrer fissão. Na natureza só é possível encontrar 0,7 % deste tipo de isótropo. Para ser usado como combustível em uma usina, é necessário enriquecer o urânio natural. Um dos métodos é “filtrar” o urânio através de membranas muito finas. O 235U é mais leve e atravessa a membrana primeiro do que o 238U. Esta operação tem que ser repetida várias vezes e é um processo muito caro e complexo. Poucos países possuem esta tecnologia para escala industrial.

Figura 2- Diagrama do reator de uma Usina Nuclear

O urânio é colocado em cilindros metálicos no núcleo do reator que é constituído de um material moderador (geralmente grafite) para diminuir a velocidade dos nêutrons emitidos pelo urânio em desintegração, permitindo as reações em cadeia. O resfriamento do reator do núcleo é realizado através de líquido ou gás que circula através de tubos, pelo seu interior. Este calor retirado é transferido para uma segunda tubulação onde circula água. Por aquecimento esta água se transforma em vapor (a temperatura chega a 320oC) que vai movimentar as pás das turbinas que movimentarão o gerador, produzindo eletricidade (fig. 2).

Depois este vapor é liquefeito e reconduzido para a tubulação, onde é novamente aquecido e vaporizado.

No Brasil, está funcionado a Usina Nuclear Angra 2 sendo que a produção de energia elétrica é em pequena quantidade que não dá para abastecer toda a cidade do Rio de Janeiro.

No âmbito governamental está em discussão a construção da Usina Nuclear Angra 3 por causa do déficit de energia no país.

Os Estados Unidos da América lideram a produção de energia nuclear e nos países França, Suécia, Finlândia e Bélgica 50 % da energia elétrica consumida, provém de usinas nucleares.

Energia geotérmica

Energia geotérmica é a energia produzida de rochas derretidas no subsolo (magma) que aquecem a água no subsolo.

Na Islândia, que é um país localizado muito ao Norte, próximo do Círculo Polar Ártico, com vulcanismo intenso, onde a água quente e o vapor afloram à superfície (gêiseres- fig. 3) ou se encontram em pequena profundidade, tem uma grande quantidade de energia geotérmica aproveitável e a energia elétrica é gerada a partir desta.

Figura 3 -Geiseres

As usinas elétricas aproveitam esta energia para produzir água quente e vapor. O vapor aciona as turbinas que geram quase 3 000 000 joules de energia elétrica por segundo e a água quente percorre tubulações até chegar às casas.

Nos Estados Unidos da América há usinas deste tipo na Califórnia e em Nevada. Em El Salvador, 30% da energia elétrica consumida provém da energia geotérmica.

Energia eólica

Os moinhos de ventos são velhos conhecidos nossos, e usam a energia dos ventos, isto é, eólica, não para gerar eletricidade, mas para realizar trabalho, como bombear água e moer grãos. Na Pérsia, no século V, já eram utilizados moinhos de vento para bombear água para irrigação.

A energia eólica é produzida pela transformação da energia cinética dos ventos em energia elétrica. A conversão de energia é realizada através de um aerogerador que consiste num gerador elétrico acoplado a um eixo que gira através da incidência do vento nas pás da turbina.

A turbina eólica horizontal (a vertical não é mais usada), é formada essencialmente por um conjunto de duas ou três pás, com perfis aerodinâmicos eficientes, impulsionadas por forças predominantemente de sustentação, acionando geradores que operam a velocidade variável, para garantir uma alta eficiência de conversão (fig.4).

A instalação de turbinas eólicas tem interesse em locais em que a velocidade média anual dos ventos seja superior a 3,6 m/s.

Existem atualmente, mais de 20 000 turbinas eólicas de grande porte em operação no mundo (principalmente no Estados Unidos). Na Europa, espera-se gerar 10 % da energia elétrica a partir da eólica, até o ano de 2030.

Figura 4 - Vista de campo com equipamentos modernos para aproveitamento da energia dos ventos (eólica).

O Brasil produz e exporta equipamentos para usinas eólicas, mas elas ainda são pouco usadas. Aqui se destacam as Usinas do Camelinho (1MW, em MG), de Mucuripe (1,2MW) e da Prainha (10MW) no Ceará, e a de Fernando de Noronha em Pernambuco.

Energia das marés A energia das marés é obtida de modo semelhante ao da energia hidrelétrica.

Constrói-se uma barragem, formando-se um reservatório junto ao mar. Quando a maré é alta, a água enche o reservatório, passando através da turbina e produzindo energia elétrica, e na maré baixa o reservatório é esvaziado e água que sai do reservatório, passa novamente através da turbina, em sentido contrário, produzindo energia elétrica (fig. 5). Este tipo de fonte é também usado no Japão e Inglaterra.

No Brasil temos grande amplitude de marés, por exemplo, em São Luís, na Baia de São Marcos (6,8m), mas a topografia do litoral inviabiliza economicamente a construção de reservatórios.

Figura 5 - Caixa de concreto por onde, no sobe e desce das marés, passa a água do mar cuja energia é aproveitada na geração de eletricidade.

Energia fotovoltaica

Figura 6 - Painel solar fotovoltaico que usa energia da luz solar para sustentar telefone celular público em local isolado na Austrália.

A energia fotovoltaica é fornecida de painéis contendo células fotovoltaicas ou solares que sob a incidência do sol geram energia elétrica. A energia gerada pelos painéis é armazenada em bancos de bateria, para que seja usada em período de baixa radiação e durante a noite (fig. 6).

A conversão direta de energia solar em energia elétrica é realizada nas células solares através do efeito fotovoltaico, que consiste na geração de uma diferença de potencial elétrico através da radiação. O efeito fotovoltaico ocorre quando fótons (energia que o sol carrega) incidem sobre átomos (no caso átomos de silício), provocando a emissão de elétrons, gerando corrente elétrica. Este processo não depende da quantidade de calor, pelo contrário, o rendimento da célula solar cai quando sua temperatura aumenta.

O uso de painéis fotovoltaicos para conversão de energia solar em elétrica é viável para pequenas instalações, em regiões remotas ou de difícil acesso. É muito utilizada para a alimentação de dispositivos eletrônicos existentes em foguetes, satélites e astronaves.

O sistema de co-geração fotovoltaica também é uma solução; uma fonte de energia fotovoltaica é conectada em paralelo com uma fonte local de eletricidade. Este sistema de co-geração voltaica está sendo implantado na Holanda em um complexo residencial de 5000 casas, sendo de 1 MW a capacidade de geração de energia fotovoltaica. Os Estados Unidos, Japão e Alemanha têm indicativos em promover a utilização de energia fotovoltaica em centros urbanos. Na Cidade Universitária - USP - São Paulo, há um prédio que utiliza este tipo de fonte de energia elétrica.

No Brasil já é usado, em uma escala significativa, o coletor solar que utiliza a energia solar para aquecer a água e não para gerar energia elétrica.

Fonte: fisica.cdcc.sc.usp.br

Fontes Alternativas de Energia

uma meta para o futuro

Na maioria dos países do mundo, o modelo energético, é baseado no consumo de combustíveis fósseis, ou seja, petróleo, gás natural e carvão.

O principal problema deste modelo, é que os recursos não são renováveis, além de ocasionarem muitos danos ao meio ambiente, como a poluição atmosférica, causadora do efeito estufa.

A dependência de consumo de combustíveis fósseis para a produção de energia certamente afeta a vida na terra e compromete a qualidade ambiental, e continuará sendo desse jeito. Sendo assim, é necessário que o trabalho científico e tecnológico do mundo atual sejam dirigidos para produzir outros tipos de energia (que sejam menos poluidoras e que causem menos impactos ambientais, diferente do petróleo), as chamadas energias alternativas.

No Brasil (diferentemente da maioria dos países), a produção de energia é feita principalmente através de hidrelétricas, ou seja, de energia hidráulica pois o país dispõe de grandes bacias hidrográficas. A energia produzida através de hidrelétricas é considerada limpa e renovável, ao contrário daquelas derivadas dos combustíveis de petróleo.

Sabendo do que foi falado nos parágrafos acima, Quais são os diferentes tipos de energia? Como funcionam? Qual é a próxima fonte de energia quando se acabar o petróleo? Qual é a grande luta para existirem as energias alternativas?

A energia alternativa (ao petróleo) é uma forma de produzir energia elétrica, causando menos problemas à sociedade atual, ao meio ambiente e, menos poluição. Os principais tipos de energia alternativa que existem, são:

Energia Solar: Abundante, mas cara

A energia solar, é uma energia abundante, porém, é muito difícil de usá-la diretamente. Ela é limpa e renovável, e existem três maneiras de fazer o seu uso:

Células fotovoltáicas, que são consideradas as que mais prometem da energia solar. A luz solar é diretamente transformada em energia, através de placas que viram baterias.

Os captadores planos, ou, coletores térmicos, que, num lugar fechado, aquecem a água, que com pressão do vapor, movem turbinas ligadas aos geradores.

Também chamados de captadores de energia, os espelhos côncavos refletores, mantém a energia do sol que aquecem a água com mais de 100° C em tubos, que com a pressão, movimentam turbinas ligadas ao gerador. O único e pequeno problema dos espelhos côncavos, é que eles têm que acompanha diretamente os raios do sol, para fazer um aproveitamento melhor.

Como à noite e em dias chuvosos não tem sol, a desvantagem da energia solar, é que nesses casos ela não pode ser aproveitada, por isso que é melhor produzir energia solar em lugares secos e ensolarados.

Um exemplo do aproveitamento dessa energia, é em Freiburg, no sudeste da Alemanha. A chamada “cidade do sol”, lá existe o bairro que foi o primeiro a possuir casas abastecidas com energia solar. As casas são construídas com um isolamento térmico para a energia ser “guardada” dentro. Quando as casas são abastecidas com mais energia do que necessário, os donos vendem o restante de energia para companhias de eletricidade da região.

Na cidade , há casas que giram de acordo com o movimento do sol. A igreja e o estádio de futebol, são abastecidos com energia solar.
Com o uso de energia solar, a cidade já deixou de usar mais de 200 toneladas de gás carbônico por ano.

Energia Eólica: limpa, mas demorada

É a energia mais limpa que existe. A chamada energia eólica, que também pode ser denominada de energia dos ventos, é uma energia de fonte renovável e limpa, porque não se acaba (é possível utilizá-la mais que uma vez), e porque não polui nada. O vento (fonte da energia eólica), faz girar hélices que movimentam turbinas, que produzem energia. O único lado ruim que a energia eólica possui é que como depende do vento, que é um fenômeno natural, ele faz interrupções temporárias, a maioria dos lugares não tem vento o tempo todo, e não é toda hora que se produz energia. O outro lado ruim, é que o vento não é tão forte como outras fontes, fazendo o processo de produção ficar mais lento.

Não são muitos os lugares que existem condições favoráveis ao aproveitamento da energia eólica, ou seja, não é todo lugar que apresentam ventos constantes e intensos. Os lugares que tem as melhores condições para atividade, são: norte da Europa, norte da África e a costa oeste dos Estados Unidos.

Na maioria dos casos essa forma de energia é usada para complementar as usinas hidroelétricas e termoelétricas.

Um exemplo para mostrar como a energia dos ventos é econômica, é que no Estado da Califórnia, que com o aproveitamento dessa energia, economizou mais de 10 milhões de barris de petróleo.

Energia Nuclear, eficaz, mas perigosa

A energia Nuclear, que pode também ser chamada de energia atômica, é a energia que fica dentro do núcleo do átomo, que pode acontecer pela ruptura ou pela fissão do átomo.

Como a energia atômica não emite gases ela é considerada uma energia limpa, mas tem um lado ruim, gera lixo atômico, ou resíduos radioativos que são muitos perigosos aos seres humanos pois causam mortes e doenças.

Por isso, quando produzem a energia nuclear, é preciso um desenvolvimento muito seguro, que isolem o material radioativo durante um bom tempo.

Nas usinas atômicas, que também podem ser chamadas de termonucleares, em vez de ser usada a queima de combustíveis, a energia nuclear gera um vapor, que sob pressão, faz girar turbinas que acionam geradores elétricos.

A energia atômica é usada em muitos países e veja a porcentagem de cada um: EUA, 30,7%; França, 15,5%;Japão, 12,5%; Alemanha, 6,7%; Federação Russa, 4,8%. No Brasil, apesar de usar muito a energia Hidráulica, a energia nuclear também tem uma pequena porcentagem de 2,6%.

Energia da Biomassa: uma energia vegetal

Para produzir a energia da biomassa, é preciso um grande percurso. Um exemplo da biomassa, é a lenha que se queima nas lareiras. Mas hoje, quando se fala em energia biomassa, quer dizer que estão falando de etanol, biogás, e biodiesel, esses combustíveis, que tem uma queima tão fácil, como a gasolina e outros derivados do petróleo, mas a energia da biomassa, é derivada de plantas cultivadas, portanto, são mais ecológicas.

Para ter uma idéia de como a energia da biomassa é eficiente, o etanol, extraído do milho, é usado junto com a gasolina nos Estados Unidos; e também, é produzido da cana de açúcar, o etanol responde metade dos combustíveis de carro produzido no Brasil. Em vários países, mas principalmente nos Estados Unidos, o biodiesel de origem vegetal é usado junto ou puro ao óleo diesel comum. Segundo o diretor do centro nacional de bioenergia: “Os biocombustíveis são a opção mais fácil de ampliar-se o atual leque de combustíveis”

O único problema da biomassa é que por conta da fotossíntese (o processo pela qual as plantas captam energia solar) é bem menos eficiente por metro quadrado do que os painéis solares, por causa desse problema, é que para ter uma boa quantidade de captação de energia por meio de plantas, é preciso uma quantidade de terra bem mais extensa. Estima-se de que para movimentar todos os meios de transportes do planeta só usando biocombustíveis, as terras usadas para agricultura teriam que ser duas vezes maiores do que já são.

Para ser mais eficaz, deixando mais rápidas as colheitas, e deixando ser mais captadores de energia, cientistas estão fazendo pesquisas. Atualmente, os combustíveis extraídos da biomassa são vegetais, como o amido, o açúcar, e óleos, mas alguns cientistas, estão tentando deixar esses combustíveis líquidos. Outros estão visando safras que gerem melhores combustíveis.

E esse é o grande problema da energia da biomassa, mas para Michel Pacheco, “Estamos diante de muitas opções, e cada uma tem por trás um grupo de interesse. Para ser bastante sincero, um dos maiores problemas com a biomassa é o fato de existirem tantas alternativas“

Energia Hidráulica

A energia hidráulica pode ser considerada alternativa em relação aos combustíveis fósseis, porem no Brasil ela é utilizada rotineiramente.

Nas usinas hidrelétricas, a pressão das águas movimentam turbinas que estão ligadas aos geradores de corrente elétrica. Na maioria das vezes são construídas barragens, que servem para represar os rios. Com muita pressão, a água acumulada é liberada, e as turbinas giram.

A energia hidráulica, tem muitas vantagens, porque é uma fonte limpa, não causa grandes impactos ambientais globais, é renovável e é muito barata comparada com as outras fontes.

Também existem as desvantagens, que são: inundação de áreas habitadas causando deslocamentos de populações e destruição da flora e fauna.

De toda energia gerada no mundo, cerca de 15% é de energia hidráulica, e só no Brasil, essa quantidade, é de 90%.

Energia Geotérmica

A energia geotérmica é gerada pelo calor das rochas do subsolo. No subsolo as águas dos lençóis freáticos são aquecidas, e então, são utilizadas para a produção energia.

A extração dessa energia só é possível acontecer em poucos lugares. Alem disso, é muito caro perfurar a terra para chegar nas rochas aquecidas.

O fato de que só existir essa energia perto de vulcões, muito poucos países geram essa energia, e esses paises são: Nicarágua, Quênia, El salvador, México, Chile, Japão, e França. Sendo assim o uso deste tipo de energia é de difícil utilização na grande maioria dos países.

Energia térmica dos oceanos

Graças à diferença de temperatura das águas profundas e águas que ficam na superfície, a água marinha pode ser usada para fazer um armazenamento de energia solar, e geradora de energia elétrica.

Em usinas que fazem esse “sistema”, a diferença de temperatura faz um movimento em tubos circulares. Isso ocorre em lugares fechados, conectados a turbinas que estão ligadas em geradores, produzindo energia elétrica. Uma vantagem dessa energia é que elas são renováveis, e uma desvantagem é que o custo é muito alto.

O primeiro lugar que fizeram o uso desse tipo de energia, foi nos Estados Unidos em 1979, e estão produzindo energia, até hoje.

Pesquisas revelam através de estimativas, que de toda a energia gerada no planeta, 80% são de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural. Nos próximos 100 anos, uma coisa que é muito provável, é que com o aumento da população, paralelamente, aumentará o uso de combustíveis fósseis. E uma coisa que não é nada provável, é que essa grande população (que na época estará maior) faça o uso de energia alternativa. Para o professor de engenharia, Martin Hoffer, o esforço de fazer as pessoas deixarem de usar o petróleo, e começarem a usar energia alternativa, é maior do que acabar com terrorismo: “O terrorismo não ameaça viabilidade do nosso modo de vida baseado nos avanços tecnológicos, mas a energia, é um fator crucial”. Um exemplo de como existem energias alternativas que “adiantam” e são “ecológicas”, é que se se nos trocássemos uma lâmpada incandescente por uma fluorescente, nos estaríamos economizando 225 quilos de carvão, alem de deixar de causar poluição.

Os grandes problemas que parte da sociedade luta para ter a energia alternativa são os políticos e as empresas transnacionais (como a Shell, Texaco, Esso, etc.). Como a nossa sociedade é capitalista, grande parte dela não se preocupa nada em relação às conseqüências, querendo cada vez mais construir usinas poluidoras, só pensando no lucro. Poderíamos usar outras fontes menos poluentes, mas por causa do capitalismo, temos um monopólio do uso de energias mais poluidoras. E o que Martin Hoffer levanta é que se a sociedade capitalista não ajudar, podemos ser condenados a depender só dos combustíveis fósseis, cada vez mais poluentes, à medida que diminuem as reservas petroleiras e de gás, com conseqüência catastrófica no planeta: “se não tivemos uma política energética pró-ativa, acabaremos simplesmente usando o carvão, depois o xisto, e em seguida a areia de alcatrão, sempre com um retorno cada vez menor, até que nossa civilização entre em colapso. Mas tal declínio não é inevitável. Ainda temos a possibilidade de escolher.”

Sabendo que futuramente aumentará o número de pessoas, aumentando junto o uso de combustíveis fósseis, algum dia, as grandes reservas petroleiras acabarão, então, pesquisadores trabalham para identificar o próximo grande combustível que abastecerá esse gigantesco planeta. Para alguns especialistas, “não há nenhuma solução milagrosa”, para outros, aqueles mais insistentes, pensam que existem energias infinitas no espaço, mas que para fazer na prática é impossível.

A vontade de carros movidos a hidrogênio, pode dar uma impressão equivocada, porque hidrogênio não é fonte de energia. Para ele se tornar útil, tem que ser isolado e isso requer mais energia do que proporciona. Atualmente o único jeito de produzir energia com hidrogênio, é com combustíveis fosseis, que é um jeito poluidor de fazer, mas estão pensando em um jeito limpo de sua produção: O hidrogênio seria produzido de formas de energias que não liberam poluição (dióxido de carbono) o que precisaria de um uso grande de energia eólica, nuclear e solar. Nos Estados Unidos, uma coisa muito estudada pelo governo, é que poderíamos produzir energia com hidrogênio, usando as grandes reservas de carvão do paÍs, mas armazenando no subsolo o dióxido de carbono.

Isso que nós acabamos de ver sobre o hidrogênio é um belo exemplo de que nós, seres humanos, somos muitos capazes de poder conciliar um desenvolvimento limpo, descobrindo coisas novas, e ao mesmo tempo, preservando o planeta

Aterro Sanitário


ATERROS SANITÁRIOS

Trata-se de um processo para a disposição de resíduos sólidos no solo, que fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas, permite um confinamento seguro em termos de controle de proteção ambiental e proteção à saúde pública.

Implantação do Aterro Sanitário

Compreende, dentre outras, as atividades de escolha da área, elaboração do projeto, licenciamentos ambientais, limpeza do terreno, obras de terraplenagem, acessos, impermeabilização utilizando material geossintético, drenagem e obras de construção civil.

Operação do Aterro Sanitário

Compreende o espalhamento, compactação, cobertura e drenagem dos resíduos, monitoramento do sistema de tratamento de efluentes, monitoramento topográfico e das águas, manutenção dos acessos e das instalações de apoio.


Após a coleta, o lixo é descarregado no Aterro Sanitário.


O lixo é compactado com trator, formando uma célula, que será recoberta com argila.


Ao final, o lixo fica protegido do espalhamento pelo vento e da ação de moscas, ratos, baratas, etc.

Fonte: www.engepasaambiental.com.br

Aterro Sanitário

Entenda as diferenças

O Aterro Sanitário abriga resíduos sólidos, em geral resíduos domésticos, atendendo a normas legais e critérios ambientais para combate à poluição do solo e camadas inferiores. Este tipo de aterro utiliza técnicas de engenharia e tecnologia seguras para evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública e passa por monitoramento constante para evitar vazamentos no solo.

Antes da instalação do aterro sanitário é realizada a impermeabilização total do local que receberá os resíduos e são instaladas redes para coleta e tratamento do chorume, material que reúne todas as impurezas líqüidas e tóxicas do lixo. Os gases que emanam do aterro são captados e tratados, e a quantidade e qualidade do lixo depositado é controlada.

Devido ao monitoramento constante, o aterro sanitário não contamina o solo, o lençol freático, as águas superficiais e a atmosfera. Controla ainda a proliferação de vetores de doenças e não apresenta risco de desabamentos.

De acordo com a Norma Técnica BNT 8419, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o aterro deve ser instalado a pelo menos 200 metros de cursos d’água, respeitar a distância de 1,5 metro entre a superfície de destinação e a camada de lençol freático e estar em área livre de inundação. Assim, o aterro sanitário possui risco praticamente nulo de interdição pela Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental).

Fonte: www.dazibao.com.br

Aterro Sanitário

FORMAS DE ATERRAMENTO

  • Método da Trincheira ou Vala
  • Método da Área
  • Método da Rampa

FORMAS DE DEPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS

  • Método da Célula
  • Método do Sanduíche
  • Método da Descarga

Nos aspectos operacionais de um aterro sanitário estão envolvidos os seguintes fatores:

  • Tráfego
  • Espalhamento de Materiais
  • Ruídos e Odores
  • Proliferação de Vetores
  • Frente de Operação
  • Manutenção das Estruturas
  • Monitoramento Ambiental

Esses fatores devem ser continuamente monitorados, pois eles podem mudar de situação conforme o desenvolvimento do aterro.

A figura a seguir esquematiza os aspectos operacionais do aterro sanitário com critérios de área, recebimento dos resíduos, inspeções, manejo adequado e cobertura diária.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Efeito Estufa e o aquecimento global

A temperatura média da Terra gira em torno de 15º C. Isso ocorre porque existem naturalmente gases, como o dióxido de carbono, o metano e o vapor d’água em nossa atmosfera que formam uma camada que aprisiona parte do calor do Sol. Se não fossem esses gases, a Terra seria um ambiente gelado, com temperatura média de -17º C. Esse fenômeno é chamado de efeito estufa. Não fosse por ele, a vida na Terra não teria tamanha diversidade.

O “Efeito Estufa” é um processo que faz com que a temperatura da Terra seja maior do que a que seria na ausência de atmosfera. A atmosfera da Terra é constituída de gases que permitem a passagem da radiação solar, e absorvem grande parte do calor (a radiação infravermelha térmica), emitido pela superfície aquecida da Terra. Graças a ela, a temperatura média da superfície do planeta mantém-se em cerca de 15°C. Sem o Efeito Estufa, a temperatura média da Terra seria de 18°C abaixo de zero, ou seja, ele é responsável por um aumento de 33°C. Portanto, é benefício ao planeta, pois cria condições para a existência de vida.

O Efeito Estufa dentro de uma determinada faixa pode ser considerado como uma coisa boa, pois, sem ele a vida, como a conhecemos, não poderia existir. O que se pode tornar catastrófico é um aumento do Efeito Estufa, causada pela ação do homem, que desestabilize o equilíbrio e origine o aquecimento global do planeta.

Desde a revolução industrial começamos a emitir imensas quantidades de dióxido de carbono, metano e outros gases na atmosfera, tornando a camada que retém o calor mais espessa. Isso intensifica o efeito estufa. Somente no último século, a temperatura da Terra aumentou em 0,7º C. Parece pouco, mas esse aquecimento já está alterando o clima em todo o planeta. As grandes massas de gelo começam a derreter, aumentando o nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as zonas costeiras. Furacões, tufões e ciclones ficam mais intensos e destrutivos. Temperaturas mínimas ficam mais altas, enxurradas e secas mais fortes e regiões com escassez de água, como o semi-árido, viram desertos.

O Aquecimento Global é o aumento da temperatura terrestre (não só numa zona específica, mas em todo o planeta) e tem preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs (Clorofluorcarbono). A hipótese da intensificação do fenômeno é muito simples, do ponto de vista da física: quanto maior for a concentração de gases, maior será o aprisionamento do calor, e conseqüentemente mais alta a temperatura média do globo terrestre.

Causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenômeno do aquecimento global. Porém, nas mais recentes discussões, meteorologistas e climatólogos tem chegado a conclusão que a ação humana realmente está influenciando na ocorrência do fenômeno.

O Aquecimento Global somente entrou na pauta política na anos 1980, que culminou com a conferência internacional conhecida por Rio 92, realizada no Rio de Janeiro em 1992.

A partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova realidade: a mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição. Este problema começou a ser sentido nos microclimas, com o aumento da temperatura nos grandes centros urbanos e mais recentemente no macroclima, com o aumento do nível do mar, uma ameaça em escala global que pode causar escassez de alimentos e graves problemas sociais.

Essas alterações no microclima se repetem em todas as grandes cidades com o aumento da temperatura e a diminuição da umidade, causados pela falta de área verde, pelo concreto e asfalto, pela construção de prédios que impedem a ventilação, pelo aumento da atividade industrial e da poluição proveniente dos carros. No que se refere ao microclima da cidade de São Paulo, por exemplo, pode-se afirmar que o clima mudou com a urbanização dos últimos 50 anos. Antes, São Paulo era conhecida como a “terra da garoa”, mas hoje a garoa no final da tarde está mais rara, no inverno nem chega a cair e é mais comum na periferia.

O aumento de 2 a 6 ºC que se prevê para os próximos 100 anos seria maior do que qualquer aumento de temperatura alguma vez registrado desde o aparecimento da civilização humana na Terra.

Os elevados índices de Dióxido de Carbono que se têm medido desde o século passado, e que só tendem a aumentar, podem vir a provocar um aumento na temperatura terrestre suficiente para trazer graves conseqüências em escala global, pondo em risco a sobrevivência dos seus habitantes.

A poluição dos últimos duzentos anos tornou mais espessa a camada de gases existentes na atmosfera. 750 bilhões de toneladas, é o total de CO2 na atmosfera hoje. O Brasil ocupa um confortável 16º lugar entre os países que mais emitem gás carbônico para gerar energia. Mas se forem considerados também os gases do efeito estufa liberados pelas queimadas e pela agropecuária, o país é o quarto maior poluidor (em % das emissões totais de gases do efeito estufa).

1.Estados Unidos 15,8%
2.China 11,9%
3.Indonésia 7,4%
4.Brasil 5,4 %
5. Rússia 4,8%
6.Índia 4,5%
7.Japão 3,2%
8.Alemanha 2,5 %
9.Malásia 2,1%
10.Canadá 1,8%

O problema é que nós, os humanos, estamos adicionando cada vez mais dióxido de carbono na atmosfera ao queimarmos combustíveis fosséis para obter energia. Nós também temos adicionado gases de efeito estufa que não estão presentes naturalmente na atmosfera (Óxido nitroso e o CFC).

Caso medidas drásticas não sejam tomadas para controlar o aquecimento global, o planeta enfrentará tempos muito difíceis. A temperatura irá aumentar mais que 2º C acima dos níveis pré-industriais, com riscos de extinção em massa, colapso dos ecossistemas, falta de alimentos, escassez de água e grandes prejuízos econômicos.


AQUECIMENTO DESENCANDEIA LIBERAÇÃO DE METANO PELOS OCEANOS

Desde tempos imemoriais, metano e petróleo vazam de camadas abaixo do sedimento oceânico na costa da Califórnia. As bolhas de metano sobem à superfície do mar e se somam ao estoque de gases que provocam o efeito estufa na atmosfera da Terra. O petróleo tende também a flutuar e, com o passar do tempo, decompõe-se em alcatrão e volta a assentar-se na camada de sedimento marinho. Agora, uma nova pesquisa envolvendo esses resíduos sugere que os vazamentos são influenciados pela temperatura do oceano, e portanto pelo próprio aquecimento mundial para o qual eles contribuem. Atualmente, em todo o mundo, esses vazamentos são responsáveis pela liberação de 33 milhões de toneladas de metano a cada ano, cerca de 15% das emissões naturais de gases que provocam o efeito estufa.

1.0 - AS POSSÍVEIS CAUSAS DO AQUECIMENTO GLOBAL

São vários os fatores, apontados por ecologistas e cientistas, que podem estar provocando essas mudanças climáticas, tais como o buraco na camada de ozônio, a poluição atmosférica, o aumento da atividade solar, etc.

1.1 - AS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS DO AQUECIMENTO GLOBAL

No caso de não se tomarem medidas drásticas, de forma a controlar a emissão de gases de Efeito Estufa é quase certo que teremos que enfrentar um aumento da temperatura global que continuará indefinidamente, e cujos efeitos serão piores do que quaisquer efeitos provocados por flutuações naturais, o que quer dizer que iremos provavelmente assistir às maiores catástrofes naturais (agora causadas indiretamente pelo homem) alguma vez registradas no planeta.


O aumento da temperatura global faz com que um ecossistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus habitats devido a mudanças nas condições (o que pode aumentar a possibilidade de extinção de várias espécies) enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas (formando as “pragas” nas lavouras e nas regiões urbanas). Este aumento da temperatura irá intensificar os ventos, a chuva e as tempestades.

As mudanças climáticas se expressam, também, pelo aumento dos desastres naturais tais como as grandes inundações, secas de longa duração, tufões em maior quantidade e intensidade, aparecendo, com mais freqüência, em regiões extra-tropicais, recrudescimento do fenômeno "El Niño" com suas más conseqüências para o clima e para a economia das regiões pesqueiras de todo o oceano Pacífico.

2.1 SECAS E DESERTIFICAÇÃO

Um dos efeitos do aquecimento global da Terra poderá ser a seca. Quando a temperatura aumentar, a água irá se aquecer rapidamente. Em alguns lugares, onde não chove muito normalmente, a vida vegetal acaba por depender de lagos e rios para sobreviver. E quando a temperatura aumentar, a água nesta área irá evaporar e a seca irá acontecer. A vida vegetal começará a morrer e conseqüentemente existirão poucas plantas para retirar o dióxido de carbono do ar (o que também é acentuado pelo ritmo crescente das queimadas e exploração de madeiras – favorecendo a proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal). Isto poderá fazer com que várias colheitas sejam destruídas e a fome ou a sede comecem a atacar as pessoas mais carentes. E não para por aí, poderá também fazer com que o Efeito Estufa se agrave mais ainda.

Todo ano, áreas com média de 2.000 km quadrados se transformam em deserto devido à falta de chuvas. O total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas avançam 10.000 quilômetros quadrados por ano, o equivalente ao território do Líbano. 40% das árvores da Amazônia podem desaparecer antes do final do século, caso a temperatura suba de 2 a 3 graus.

A Organização das Nações Unidas estima que 150.000 pessoas morrem anualmente por causa de secas, inundações e outros fatores relacionados diretamente ao aquecimento global. Em 2030, o número dobrará.

2.2 - O DERRETIMENTO DAS GELEIRAS

O fenômeno do derretimento das geleiras acontece em ambos os pólos e nas geleiras montanhosas em ritmo acelerado. A água que desce das montanhas contribui para aumentar o nível do mar. O derretimento das calotas polares e de geleiras eleva o nível das águas dos oceanos e dos lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas.

Dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. Nos últimos 40 anos, o derretimento do gelo das montanhas está sendo verificado em vários continentes, nos Andes, nos Alpes e nos EUA. Somente a Geleira Malaspina perde 2,7 quilômetros cúbicos de água por ano.

O mais preocupante com relação ao aumento do nível global dos oceanos é o derretimento das camadas de gelo na Antártica, no Pólo Sul, porque as geleiras estão sobre um continente enquanto o gelo do Pólo Norte está sobre a água. A Antártica reúne cerca de 90% de todo o gelo da Terra e, segundo projeções, se todo este gelo fosse derretido o mar subiria 60 metros - No momento, os cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos.

O Brasil coleta informações meteorológicas na Antártica através de imagens de satélites, monitoradas pelo Laboratório de Pesquisas Antárticas e Glaciológicas (Lapag) do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Há dados que apontam um aumento de temperatura, desprendimento de icebergs e recolhimento das geleiras.

Este derretimento da neve poderá resultar em um circuito realimentador da perda de refletividade nas calotas terrestres.

2.3 - ELEVAÇÃO DO NÍVEL DOS MARES

A elevação do nível do mar não se dá apenas devido ao derretimento de gelo e aumento de massa, mas também pela expansão térmica (devido ao aquecimento planetário) da massa líquida do oceano e conseqüente aumento de volume. Cálculos matemáticos indicam que o efeito da expansão térmica é bem mais importante do que o derretimento das geleiras. Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5 (os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos.

A elevação desde o início do século passado está entre 8 e 20 centímetros. Em certas áreas litorâneas, com algumas ilhas do Pacífico, isso significou um avanço de 100 metros na maré alta. Um estudo da ONU estima que o nível das águas subirá 1 metro até o fim deste século. Cidades à beira-mar, como o Recife, precisarão ser protegidas por diques. Na Holanda, onde boa parte do território da costa do país foi construído através de diques no mar do Norte, há muita preocupação com a subida das águas e são feitos monitoramentos constantes.

Enquanto em algumas áreas irá faltar água, outras irão ter água demais.

O aquecimento da superfície favorecerá um aumento da evaporação nos oceanos o que fará com que haja na atmosfera mais vapor de água (o gás de estufa mais importante, sobretudo porque existe em grande quantidade na nossa atmosfera). Podemos, nesse caso, esperar um aquecimento médio de 4 a 6ºC na superfície. Mas mais humidade (vapor de água) no ar pode também significar uma presença de mais nuvens na atmosfera o que se pensa que, em média, poderá causar um efeito de arrefecimento. O efeito dominante depende de muitos fatores, nomeadamente da altitude e do tamanho das nuvens e das suas gotículas.

A Corrente (marítima) do Atlântico Norte, por exemplo, é provocada por diferenças de temperatura entre os mares. E aparentemente ela está diminuindo à medida que a temperatura média global aumenta. Isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas pela corrente poderão apresentar climas mais frios a despeito do aumento do aquecimento global. Se essa corrente parar ou diminuir significativamente (uma vez que está recebendo uma grande quantidade de icebergs e de água proveniente das geleiras, grande parte do hemisfério norte poderá cair em uma nova Era do Gelo.

2.4 - BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO

A camada de ozônio é uma "capa" desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances de contração de câncer.

Alguns gases produzidos pela indústria, principalmente o clorofluorcarbono (CFC) [usado em aerossóis e em aparelhos de refrigeração] ao serem liberados podem atingir a camada de ozônio, e a ação deles destrói as moléculas que a formam (O3 ou ozônio), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera.

As moléculas de clorofluorcarbono, ou Freon, passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 10.000 metros. Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de CFC (ClFC) liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). A reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia.

Por outro lado, existe a reação que beneficia a camada de ozônio: Quando a luz solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são produzidos continuamente pelos veículos automotores, resultado da queima de combustíveis fósseis. Infelizmente, a produção de CFC, mesmo sendo menor que a de óxidos de nitrogênio, consegue, devido à reação em cadeia já explicada, destruir um número bem maior de moléculas de ozônio que as produzidas pelos automóveis.

As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás ,principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade.

A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártida. Porquê? Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de CFC encontradas nessa área, iniciando a reação. Em 1988, foi constatado que na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em qualquer outra parte do mundo. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta.

Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem. No Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original, de acordo com os instrumentos medidores do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais). O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde 1978 e até hoje não detectou nenhuma variação significante, provavelmente pela pouca produção de CFC no Brasil em comparação com os países de primeiro mundo. No Brasil apenas 5% dos aerosóis utilizam CFC, já que uma mistura de butano e propano é significativamente mais barata, funcionando perfeitamente em substituição ao clorofluorcarbono.

A principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no efeito estufa, o que acentuaria o descongelamento das geleiras polares e conseqüente inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais se aconselha a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.

3.0 - O PROTOCOLO DE KIOTO

Após várias rodadas de discussões foi realizada a reunião de Kioto, no Japão, com a presença de cerca de 10.000 delegados. A decisão de consenso foi adotar um Protocolo segundo o qual os países industrializados reduziriam suas emissões combinadas de gases de efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990 até o período entre 2008 e 2012. O Protocolo de Kioto, como ficou conhecido, foi ratificado por mais de 60% dos países emissores (ratificação da Rússia, responsável por 17% das emissões, em 2004), passando então a ter validade.

4.0 - O ARGUMENTO DOS CRÍTICOS DA CAUSA ANTROPOLÓGICA

Um grupo menor de cientistas, embora concorde que está ocorrendo de fato o aquecimento global, afirma que as causas principais são de ordem natural, principalmente astronômica, isto é, o aumento da radiação solar por causas não completamente conhecidas. A criação de legislação mais apropriada sobre a emissão dos gases poluentes é de certa forma complicada por também existirem fontes de Dióxido de Carbono naturais (o qual manteve a temperatura terrestre estável desde idades pré-históricas), o que torna também o estudo deste fenômeno ainda mais complexo.

Os cientistas não podem afirmar que o aumento de temperatura global esteja de alguma forma relacionado com um aumento do Efeito Estufa, mas, no caso dos seus modelos para o próximo século estarem corretos, os motivos para preocupação serão muitos.

O planeta já sofreu, ao longo de sua existência de 4,5 bilhões de anos, processos de resfriamentos e aquecimentos extremos. Está comprovado que houve alternância de climas quentes e frios, sendo este um fenômeno corrente na história do planeta. Desde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em ciclos de milhares de anos de aquecimento e glaciação causados por fenômenos naturais. Estes fenômenos naturais bastante complexos e imprevisíveis podem ser a explicação para as alterações climáticas que a Terra tem sofrido.

Entre previsões apocalípticas e a realidade há uma grande distância, já que as projeções com modelos matemáticos levam em conta diferentes variáveis, mas o fato é que o planeta está ficando mais quente e o nível do mar está subindo.

A polêmica no âmbito da pesquisa científica envolve também enorme interesse econômico (o Instituto Americano de Petróleo avalia o custo de cortar as emissões de gases de acordo com o Protocolo de Quioto entre 200 a 300 bilhões de dólares por ano), e conseqüente intervenção de potentes lobis econômicos ligados às indústrias poluidoras. O custo do corte das emissões, de outro lado, aumentaria o preço de determinados produtos e certamente influenciaria negativamente boa parte do eleitorado norte-americano. Em verdade as equações custo-benefício da aprovação do Protocolo de Kioto variam de país a país, mas é inevitável que a carga maior deve cair sobre o país que mais polui que são os Estados Unidos.

O problema do efeito estufa e sua pretensa influência no aquecimento global acelerado dos últimos 100 anos põem em confronto forças sociais poderosas que não permitem que se trate deste assunto do ponto de vista estritamente científico. A controvérsia se tornou mais política do que científica

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