terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Crise ambiental no Brasil

Desmatamento da Amazônia é 'dragão adormecido', diz pesquisador

Reaquecimento da economia deve aumentar pressão sobre a floresta, diz.
Daniel Nepstad apresentou na COP 15 plano para erradicar a devastação.

Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em Copenhague

O desmatamento da Amazônia, que este ano teve uma baixa histórica, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), deve crescer novamente quando os preços das commodities voltarem a subir, afirma Daniel Nepstad, pesquisador do Woods Hole Research Center, nos EUA. “É um dragão adormecido”, diz.

Nepstad vê como inevitável que a pressão sobre floresta ressurja quando a economia global retomar o crescimento. “Então, o desmatamento pode voltar a explodir”. Ele cita como exemplo projeções de que a demanda por ração animal – que provém, em parte, da soja – na China deve crescer mais de 100% nos próximos dez anos e que o Brasil deve ser um dos maiores fornecedores de matéria-prima para esse alimento.

O cientista americano é um dos autores da pesquisa publicada nesta sexta-feira (4) na revista "Science", que conclui que o Brasil necessita entre US$ 6,5 bilhões e US$ 18 bilhões para eliminar definitivamente o desmatamento da região amazônica até 2020.Com isso, o estudo defende defende uma meta ainda além dos 80% de redução da devastação que o governo do Brasil vai apresentar na COP 15.

De acordo com a pesquisa, se o país pusesse fim ao desmatamento, as emissões globais de dióxido de carbono cairiam entre 2% e 5% em relação aos níveis atuais.

“Começamos a perceber que se a Amazônia era parte do problema das emissões de carbono, também poderia ser parte da solução”, explica Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), outro autor do trabalho e que, junto com Nepstad, apresentou suas conclusões na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, nesta segunda-feira (7).

Eles defendem que o Brasil deve aproveitar o momento de redução do desmatamento para acabar de vez com o problema. O dinheiro para tomar as medidas necessárias sairia de mecanismos internacionais de financiamento, um dos pontos centrais das discussões durante a conferência climática.

Sobe para 161 o número de municípios em emergência no RS

Mais de 14 mil pessoas permanecem fora de casa após as chuvas.
Foram distribuídos donativos aos moradores atingidos.




O Rio Grande do Sul já registra 161 municípios em situação de emergência por causa das chuvas, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil nesta segunda-feira (7). Os temporais provocaram oito mortes no estado.


Mais de 14 mil pessoas permanecem fora de casa após as chuvas. Segundo a Defesa Civil, o Rio Grande do Sul tem 4.691 desabrigados e outros 9.771 desalojados. No total, cerca de 15 mil imóveis foram danificados ou destruídos.


Equipes da Defesa Civil distribuíram cestas básicas, kits de limpeza, lonas, colchão, cobertor e telhas, entre outros materiais, às vítimas da chuva.

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