domingo, 22 de novembro de 2009

Remanso e a Transposição do Rio São Francisco - 06/11/2008 10h42

Itacarambi

O Rio São Francisco, conhecido também pelo apelido carinhoso de Velho Chico, está para Itacarambi como o Nilo esteve para o Egito. A cidade nasceu, cresceu e se desenvolveu a partir dele. O benefício é recíproco, uma vez que Itacarambi é reconhecida como uma das raríssimas cidades ribeirinhas que não polui o Velho Chico.

Durante grande parte do Século XX, quando eram precárias as opções de transporte terrestre intermunicipal e o transporte fluvial era forte na região, o Rio São Francisco favoreceu a chegada de novos habitantes para o lugar, o comércio de mercadorias e, subseqüente, o desenvolver

Rio São Francisco - Velho Chico - Itacarambi
do município, uma vez que o porto de Itacarambi ficava em meio à rota realizada pelos grandes vapores ou gaiolas que navegavam pelo Rio São Francisco entre Pirapora/MG e Juazeiro/BA. Com isso, as comunidades foram se formando próximo às barrancas, usufruindo melhor das vantagens oferecidas pelo Velho Chico.

O Velho Chico também foi e continua sendo crucial para a Agricultura e, subseqüente, para a Economia de Itacarambi, uma vez que a água dos sistemas de irrigação da região dele se tira.


O Velho Chico como atração turística

Tudo indica que nos tempos vindouros, quando o Turismo deverá ser efetivamente explorado na região, o Rio São Francisco também se destacará como um dos principais produtos turísticos de Itacarambi. Do Velho Chico vem algumas das mais belas paisagens de Itacarambi, as quais podem ser conferidas aqui mesmo no ITACARAMBI.COM, na sessão de fotos do Rio São Francisco.
Nas proximidades do cais de Itacarambi, o Velho Chico apresenta uma ampla largura, que o difere um pouco de algumas outras cidades da região.

Rio São Francisco em Itacarambi MG

Rio São Francisco em Itacarambi MG

O Velho Chico conjugado com o sossego de Itacarambi torna o lugar ideal para curtir férias, principalmente para quem é adepto da tranqüilidade ou está precisando relaxar, se revigorar, recuperar as energias, esquecer da vida por algum tempinho e se recuperar do estresse característico dos grandes centros urbanos - seja através de passeios de barco, lancha, balsa ou canoa - seja através de pesca, banhos no rio, praia fluvial, práticas esportivas ou simplesmente olhar o rio através do cais. Dá uma sensação de paz muito grande, principalmente para quem está acostumado com o ritmo alucinante da cidade grande.

Itacarambi é o município-sede do Circuito Turístico do Velho Chico


Detalhes do cais do porto

Rio São Francisco - Cais de Itacarambi

Parte das construções do cais de Itacarambi - considerado um dos lugares mais agradáveis da cidade - sofreu um desmoronamento em uma enchente recente, mas espera-se que seja restaurado em breve. Compunha-se de uma série de bancos voltados para o Rio São Francisco, de onde se podia apreciar a paisagem formada pelo Velho Chico; uma quadra esportiva ao ar livre onde também eram realizados alguns eventos da cidade que reuniam o grande público, tais como shows musicais, festas e comemorações; escadaria em forma de arquibancadas, de onde o público assistia aos eventos na quadra; 3 grandes carrancas, ícone-mor da cultura do Rio São Francisco; bares à beira rio, entre outras coisas coisas.

Rio São Francisco - Cais de Itacarambi

Rio São Francisco em Itacarambi MG


Praia fluvial no Velho Chico itacarambiense

A praia de água doce é outra grande atração do Rio São Francisco em Itacarambi, porém só ficam disponíveis em períodos que o nível do rio fica bem baixo, geralmente nos meses de Julho, Agosto e Setembro, podendo se estender até Outubro e Novembro, de acordo com as chuvas e o nível da água.

Rio São Francisco em Itacarambi MG

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ReciclAção apresenta tecnologias ambientais

Objetivo do evento é promover uma consciência ambiental oferecendo às empresas e indústrias tecnologias e sistemas de gestão ambiental

Reconhecida nacionalmente como a capital ecológica do país, Curitiba sedia de 8 a 11 de julho de 2009, a quarta edição da feira ReciclAção – Feira Brasileira de Reciclagem, Preservação e Tecnologia Ambiental. Na oportunidade serão apresentadas tecnologias e sistemas de gestão ambiental, voltadas às empresas preocupadas com o desenvolvimento sustentável tanto dentro das organizações, quanto do sistema ambiental.

Os visitantes vão encontrar no evento uma grande variedade em maquinários, equipamentos, tecnologias e serviços utilizados para fins de reciclagem, preservação, saneamento ambiental, além de produção de energias alternativas. Também serão apresentados produtos feitos com matéria prima reciclada, empresas criadoras ou fornecedoras de tecnologias limpas para os mais variados segmentos industriais, além de organizações certificadoras em normas ambientais, materiais que auxiliam na redução e produção de resíduos tóxicos dentro das empresas e instituições financeiras com linhas de crédito para reciclagem, saneamento ambiental e bioenergias.

A reciclagem aliada à tecnologia e preservação é hoje em todo o mundo um negócio altamente lucrativo de grande interesse econômico e impacto social, voltadas às empresas preocupadas com o desenvolvimento sustentável. “O sucesso da feira, assim como o retorno proporcionado para os 83 expositores da edição anterior sinaliza que a ‘ação’ ainda é o melhor caminho para geração de negócios e multiplicação da consciência ambiental voltada para o crescimento socioeconômico responsável e eficiente”, destaca Valdir Bello, organizador da ReciclAção.

Além de estimular a geração de negócios em torno das alternativas em reciclagem tecnologia e gestão ambiental, a ReciclAção 2009 pretende mais uma vez dar visibilidade às soluções sustentáveis, apresentar experiências bem sucedidas neste segmento. Outro objetivo do evento é proporcionar um intercâmbio do setor empresarial com a comunidade científica, aproximando os setores público e privado, com foco na reutilização de resíduos, uso de energias renováveis através da apresentação de equipamentos, produtos e programas de gestão que contribuam para redução de impactos causados ao meio ambiente.

Paralelamente à feira ReciclAção 2009 serão realizadas palestras e cursos, visando promover e multiplicar uma consciência ambiental. Nos quatro dias de programação vai acontecer o II Seminário de Saneamento Ambiental; Introdução ao Mercado de Reciclagem; PET – Os Caminhos da Reciclagem; Simpósio de Gestão Ambiental e Mudanças Climáticas; e o Simpósio Nacional de Reciclagem Agrícola: Resíduos Origem Rurais, Urbanos e Industriais. “Com estes eventos esperamos apontar as perspectivas no campo da educação, para conscientizar os empresários a adotar padrões de desenvolvimento ético, que não contribuam para a degradação ambiental”, diz Valdir Bello.

Empresa com sede em Ipiranga, São Paulo, a Ambisol Soluções Ambientais participa da ReciclAção 2009 como patrocinador, trazendo para o público serviços como o monitoramento da qualidade do ambiente, limpeza de tanques, tubulações e torres de resfriamento, entre outras tecnologias. Outra empresa patrocinadora da feira é a Indústria de Bombas Beto, de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, que trará equipamentos e tecnologias para tratamento de efluentes.

Entre os expositores, presença confirmada da Ambiservice Tecnologia Ambiental, empresa de Araucária que, além de prestar consultoria ambiental, vai apresentar na ReciclAção 2009 soluções adequadas de tratamento e valorização dos resíduos industriais. Da cidade catarinense de Campinzal, está confirmada a presença da Gratt Indústria e Comércio, com decanters, centrífugas, flotadores e secadores para indústrias e empresas que fazem separação de resíduos.

A ReciclAção 2009 é uma realização da Monte Bello Eventos e conta com o patrocínio da Ambisol Soluções Ambientais e da Indústria e Comércio de Bombas Beto. São apoiadores deste evento a 3R Ambiental, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná – Curitiba (AEAPR-Curitiba), Bio-Acess Tecnologia em Biometria, Bolsa de Reciclagem – Sistema Fiep, Universidade Positivo, Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

Mais informações sobre programação, reserva de estandes, inscrições para os eventos paralelos no site www.montebelloeventos.com.br, pelo email montebello@montebelloeventos.com.br ou pelos telefones (41) 3203-1189 e 3022-0383.

Setor Reciclagem
fonte: Novo Conceito - Assessoria em Comunicação
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Experiências bem sucedidas no mundo em desenvolvimento

Com iniciativa do governo local e apoio técnico e financeiro de entidades internacionais, comunidade pobre na costa caribenha do Panamá solucionou o fornecimento de água potável para toda a população.
Santa Isabel é uma comunidade pobre na costa caribenha do Panamá, na província de Colón. A população da região – basicamente indígenas, antilhanos e migrantes do interior do país -, recebia água de aquedutos construídos pelo Governo e administrados por cada um dos oito condados separadamente, com diferentes níveis de sucesso. Após tantos anos de uso, este sistema de abastecimento sofreu um colapso devido à alta demanda, o prolongamento dos períodos de seca e a exaustão de várias fontes de água.

Na época, não havia nenhum método que monitorasse a qualidade da água ou regulasse a preservação das condições das bacias que abasteciam os aquedutos. O desmatamento, a erosão, o uso excessivo de pesticidas, a construção irregular de casas próximas à represas eram alguns dos motivos para a impureza da água. O problema de contaminação colocou a saúde da população em risco, que ainda acreditava consumir água potável.

A administração do fornecimento de água era vertical, ou seja, imposto por uma instância superior sem considerar a opinião dos habitantes locais. O desenvolvimento sustentável real, no entanto, tem sido bem sucedido onde conta com a participação, em todo o processo, da comunidade envolvida.

Um movimento foi iniciado em 2003 por iniciativa do Conselho Municipal, visando à descoberta de soluções praticáveis e sustentáveis para o fornecimento de água potável para os residentes. O Water Centre for the Humid Tropics of Latin America and the Caribbean (CATHALAC) e a ONG Fundação Natura propuseram então um modelo participativo, que possibilitou ao governo local encontrar soluções apropriadas para o problema, envolvendo desde o treinamento dos próprios moradores, a regulamentação que garantisse a proteção das fontes naturais e, a médio prazo, o desenvolvimento de uma nova cultura com relação à água entre a população local e as autoridades.

Com o apoio técnico do Cathalac o projeto tomou forma e cresceu, e no momento da implementação o Inter-American Development Bank entrou com os fundos necessários, com o apoio de outras instituições. A grande força participativa foi das mulheres, responsáveis pela provisão de água, já que os homens da comunidade trabalhavam como agricultores ou pescadores, geralmente fora da cidade.

O projeto teve início com um levantamento das condições socioeconômicas da população, as condições de abastecimento de água, as condições ambientais de cada região, os hábitos de utilização da água e os recursos materiais e econômicos com que o Conselho Municipal poderia contribuir para o programa. O “diagnóstico explicativo”, como foi chamado nas pesquisas de informações, apontou a contaminação da água nos tanques e nos encanamentos da maioria das comunidades. Com o resultado das pesquisas, todas as regiões aderiram e apoiaram imediatamente as recomendações feitas na etapa de conscientização do projeto.

A distância dos grandes centros foi um dos obstáculos encontrados para a solidificação das metas, pois encareceu o projeto. Outro aspecto foi a atividade de escavação presente em diversas locações. Com isso, as substâncias químicas infiltravam no solo e contaminavam os reservatórios hídricos. Como a população usava práticas mais tradicionais, houve dificuldades na divulgação de novos métodos de prevenção.

As principais tarefas incluíam delimitar as áreas geográficas das fontes e prevenir a eliminação de resíduos dentro delas. Além disso, era necessário proteger a água das fezes de animais domésticos e selvagens e protegê-las da contaminação por resíduos de terra originados do extrativismo. Algumas fontes foram realocadas mais acima no rio, com a ajuda da população, assim como alguns reservatórios, o que derivou imediatamente numa melhoria da qualidade da água.

Latifundiários passaram a colaborar com o reflorestamento de regiões, famílias se uniram para construir banheiros públicos, tanques sépticos e um sistema sanitário destinado a grupos isolados. As comunidades foram treinadas para mudar seus hábitos tradicionais e assim reduzir a quantidade de água contaminada.

Com essa mudança de hábitos, a incidência de doenças gastrintestinais entre crianças e adultos diminuiu muito. Ao final do projeto, que foi concluído em 2004, atingiu-se a meta estabelecida: as famílias eram capazes de financiar seus próprios reservatórios hídricos pelo equivalente a US$ 1 ao mês. Essa meta incluía a proteção e a conservação de zonas de proteção da água. Hoje em dia, um litro desta custa US$ 0,25.

Para garantir a continuidade do projeto e fortalecer as medidas adotadas, um plano de manejo foi elaborado para a proteção, conservação e uso sustentável dos recursos hídricos do Distrito de Santa Isabel, transformando a responsabilidade sobre estes recursos numa ação conjunta do governo local e da comunidade.

Sendo uma região com inúmeras belezas naturais, com a implementação do projeto de motivação popular a qualidade de vida da população de Santa Isabel melhorou e pesquisas apontaram o forte potencial turístico da área. Desenhou-se então um fortalecimento para iniciativas empreendedoras dos moradores, como a abertura de pequenos negócios relacionados ao turismo. O novo plano turístico também resgatou a memória cultural e histórica dos condados, além de restaurar prédios antigos.

Estima-se que, no mundo, existem aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas sem acesso a água limpa e 2,6 bilhões sem acesso a sistema de esgoto. O problema, contudo, não está relacionado à escassez física da água, mas sim à pobreza. “A maioria dos países dispõe de água suficiente para satisfazer as necessidades domésticas, industriais, agrícolas e ambientais. O problema está na gestão”, afirma o Relatório de Desenvolvimento Humano ( RDH ) 2006, divulgado em 9/11 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Devido sobretudo à falta de água potável e saneamento, 1,8 milhão de crianças menores de cinco anos morrem com diarréia por ano, o equivalente a uma criança a cada 19 segundos. É a segunda principal causa de mortalidade infantil, e o relatório, enfatiza que água limpa e saneamento estão entre os mais eficientes métodos preventivos para reduzir este índice.

Dentre os oito objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela ONU, está a redução pela metade, até 2015, da proporção de pessoas que não desfrutam desses recursos. Contudo, as projeções do RDH 2006 apontam que, no ritmo atual, o compromisso será atingido somente em 2016 no caso da água e em 2022 para o saneamento.

No Brasil, aproximadamente 90% da população tem acesso à água potável, número semelhante ao de países com alto Índice de Desenvolvimento Humano, como Coréia do Sul (92%) e Cuba (91%). A taxa de atendimento da coleta de esgoto no país é de 75%, inferior à do Paraguai (80%) e à do México (79%). Os não atendidos são os mais pobres.

O relatório recomenda que os governos estabeleçam um mínimo de 1% do PIB para investir em água e saneamento, seguindo um plano nacional com estratégias bem definidas, para acelerar o progresso nessa área; e que também trabalhem para reverter a desigualdade social. Sugere, ainda, a criação de um Plano de Ação Global, liderado pelos países do G8, que concentre os esforços para a mobilização dos recursos e coloque a água e o saneamento no centro da agenda de desenvolvimento, partindo da premissa que a água é um direito humano básico. “Todos deveriam dispor de pelo menos 20 litros de água por dia, e as pessoas pobres deveriam obtê-la gratuitamente”, recomenda o PNUD.

As características de Santa Isabel são semelhantes às de inúmeras outras comunidades no mundo em desenvolvimento, e a experiência bem sucedida lá pode ser adaptada e replicada em outras situações similares. A interação entre comunidades, governos locais e fundações internacionais já provou ser solução para diversos problemas do mundo em desenvolvimento.

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